Segundo reportagem de Felipe Frisch publicada na edição desta segunda-feria do jornal O GLOBO, a maior parte das perguntas surge quando o professor Mauro Salema, funcionário da Bolsa, fala da poupança. Ela que sempre foi a mais simples das aplicações, mas foi ameaçada pelo governo de sofrer mudanças, diante da concorrência com fundos DI e de renda fixa, que compram títulos da dívida pública atrelados à taxa básica de juros (Selic, reduzida a 8,75% ao ano). Por ora, o governo parece ter desistido de mexer nas regras.
O GLOBO acompanhou casais que frequentaram as aulas, durante a semana seguinte ao curso, para saber como os conhecimentos adquiridos estavam sendo aplicados na prática. O oficial do Exército Hélcio Alves, de 38 anos, conta que procurou o curso para ajudar a reduzir as despesas de casa, depois que a esposa, a publicitária Marcelle Rêgo, de 34, com quem é casado há um ano e meio, ficou desempregada por nove meses. Uma das lições do curso é ter uma reserva equivalente a pelo menos três meses de renda da família na poupança ou em fundos conservadores, para eventuais períodos de aperto.
- Procuramos o curso para dar uma enxugada no orçamento e não precisar mexer no dinheiro aplicado, que é a nossa reserva. Tínhamos um padrão mais alto. Cortamos lazer, idas a restaurantes, o que fazíamos bastante, pegamos pacotes mais baratos de telefone e TV a cabo, procuramos descontos de anuidade no cartão de crédito - ensina Hélcio, que já vinha adotando muitas das medidas sugeridas e quis saber se estava fazendo tudo certo.
Por Gle e Ale